quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Tanto jubilo! Tanto!
Se eu cair, que pobreza!
Pobres como eu, no entanto,
Tudo arriscaram num só lance!
Ganharam! Sim! Temendo embora –
Deste lado a Vitória!

Vida é só vida! E Morte, Morte!
Ar é Ar, e Alegria, Alegria!
E se eu cair, enfim,
É doce ao menos conhecer o ruim!
Perder não é mais que Perder,
Não há mais fim que o Fim!

Mas se eu ganhar! Canhões no Mar!
Sinos nas Torres, pelo ar
Ressoem lentamente!
O céu muito diferente
Quando sonhado; terra firme –
Poderia extinguir-me!


Emily Dickinson, trad, Augusto de Campos. 

O VALE DA DESTRUIÇÃO

Eu andei no vale da morte e só encontrei destruição. A morte perdeu a piedade por nós e nos abandonou para apodrecermos em v...